Segundo Simão & Fleck (2008), todo treinamento com pesos resulta em ganhos de força ou volume muscular (hipertrofia) e resistência muscular localizada. As respostas fisiológicas agudas e as adaptações crônicas a um programa de treinamento resistido dependem de seis variáveis do programa agudo conforme descrito abaixo:
1. Escolha do exercício;
2. Seqüência do exercício;
3. Número de séries;
4. Intensidade do treinamento;
5. Duração dos intervalos de descanso;
6. Velocidade de execução.
1. Escolha do exercício;
2. Seqüência do exercício;
3. Número de séries;
4. Intensidade do treinamento;
5. Duração dos intervalos de descanso;
6. Velocidade de execução.
1-Escolha do Exercício
Há algumas considerações no momento de se escolher quais exercícios executar. Uma delas é se devem ser escolhidos exercícios com aparelhos específicos ou pesos livres para um determinado grupo muscular (KRAEMER & FLECK, 2007). Quando se executa um levantamento com pesos livres os músculos são usados não apenas na execução do movimento, mas também na manutenção do equilíbrio em todos os três planos (SIMÃO & FLECK, 2008). Para o American College of Sports e Medicine, (2009) os exercícios nos aparelhos são considerados mais seguros, porque restringem o movimento em apenas um plano e o praticante pode realizar a técnica correta do exercício mais facilmente. Porém Gentil (2005), cita que não existem evidencias cientificas ou praticas para embasar a hipótese de que exercícios com pesos livres sejam lesivos para iniciantes.
Outra consideração no momento de escolher qual exercício executar relaciona-se a utilização de exercícios multiarticulares ou monoarticulares. Exercícios monoarticulares, ou seja, que envolvem apenas uma articulação, como a extensão do cotovelo ou a flexão plantar. E exercícios multiarticulares, ou seja, que envolvem mais de uma articulação, como o caso do leg press e o supino. Segundo Kraemer e Fleck (2007), ambos os exercícios mostram-se eficientes para o aumento de força e hipertrofia muscular no grupo ou nos grupos musculares exercitados.
Para Simão e Fleck (2008), a característica de isolar um grupo muscular faz dos exercícios uma excelente opção em alguns casos de reabilitação e também quando se sabe que determinado grupo muscular esta fraco.
É importante considerar a inclusão tanto de exercícios bilaterais (com os dois membros) como de unilaterais (para um único membro) em um programa de treinamento para garantir a simetria no desenvolvimento corporal. Os exercícios unilaterais são essenciais para manter a mesma força em ambos os membros. (KRAEMER & FLECK 2007).
É importante considerar a inclusão tanto de exercícios bilaterais (com os dois membros) como de unilaterais (para um único membro) em um programa de treinamento para garantir a simetria no desenvolvimento corporal. Os exercícios unilaterais são essenciais para manter a mesma força em ambos os membros. (KRAEMER & FLECK 2007).
2-Seqüência dos Exercícios
A seqüência tradicional dos exercícios determina que sejam realizados primeiro os exercícios para grupos musculares grandes e os que envolvam varias articulações e depois os exercícios para grupos musculares pequenos e que envolvam uma única articulação. O raciocínio para essa seqüência de exercícios é que, ao realizar os exercícios que envolvem varias articulações no inicio de uma sessão de treino, um estimulo superior é fornecido aos músculos envolvidos, o qual se acredita ser decorrente de uma maior resposta neural, metabólica, hormonal e circulatória, capaz de melhorar tanto o treinamento muscular como os exercícios posteriores de uma sessão (KRAEMER & FLECK 2007).
Os exercícios isolados ou concentrados, ou seja, de pequenos grupos musculares antes das atividades dos grandes grupos também é uma ordem bastante adotada. Acredita-se que ao fadigar os grupos musculares menores antes dos exercícios para os grupos musculares maiores a produção de força desse grupo muscular utilizado será menor e, conseqüentemente haverá mais estresse nos grupos musculares maiores (SIMÃO & FLECK, 2008).
Outro conceito importante refere-se à ordem em que os exercícios são realizados: seqüênciais vs alternados. Segundo Simão & Fleck (2008), a ordem seqüencial esta relacionada com a execução de dois ou mais exercícios consecutivos para o mesmo grupo muscular. Na ordem alternada, exercícios para o mesmo grupo muscular não são realizados em seguida há alternância entre dois ou mais grupos musculares. A ordem alternada é uma boa opção para iniciantes de treinamento com pesos.
3-Número de Séries
Segundo Kraemer e Fleck (2007), uma das principais funções do número de séries a ser realizado é controlar o volume correspondente à rotina de um exercício especifico ou de um programa de treinamento. Para os autores nem todos os exercícios de uma sessão de treinamento precisam ser realizados com o mesmo número de séries e, além disso, o número de séries pode variar dependendo dos objetivos de cada praticante.
O treinamento de série única pode ser apropriado para indivíduos destreinados ou durante os primeiros meses de treinamento, mas os estudos indicam que volumes altos, ou seja, a realização de séries múltiplas é necessária para ganhos adicionais em força e hipertrofia em atletas intermediários e avançados (NSCA, 2008).
4-Intensidade de Treinamento
A intensidade do treinamento resistido, isto é a quantidade de carga utilizada num programa de treinamento resistido talvez seja o principal estímulo relacionado às adaptações ao treinamento, como o aumento da força e da resistência muscular localizada (KRAEMER & FLECK 2007). Segundo Simão e Fleck (2008), a carga utilizada está intimamente associada ao numero de repetições. Cargas baixas permitem um grande número de repetições, enquanto cargas elevadas possibilitam poucas repetições por séries.
A força máxima, definida como a capacidade de levantar a carga máxima em uma única repetição (1RM) é enfatizada quando se executa menor número de repetições por série. O volume muscular (ou hipertrofia muscular) é enfatizado quando são feitas aproximadamente entre 7 e 12 repetições por série. A resistência muscular localizada ou resistência anaeróbia é definida como a capacidade de tolerar o acido lático, essa resistência também é enfatizada quando são executadas de 7 a 12 repetições por serie. A resistência cardiovascular ou aeróbia é ressaltada quando se executa um maior número de repetições (zona de treinamento de entre 13 a 20 RM) por série (SIMÃO & FLECK, 2008).
O posicionamento do American College of Sports Medicine (Progression Models in Resistance Training for Healthy Adults, 2009) recomenda em relação ao desenvolvimento de força que iniciantes devem treinar entre 8 e 12 RM, enquanto indivíduos intermediários e treinados devem treinar entre 1 e 12 RM de forma periodizada com eventuais ênfases em cargas intensas de 1-6 RM. Para a hipertrofia muscular é recomendado de 1-12 RM de forma periodizada, com ênfase em cargas que permitam entre 6 e 12 RM.
Outro método para a prescrição da carga a ser utilizada é pela porcentagem de 1 RM porém por motivos de aplicabilidade e pratica esse método foi sendo ao longo do tempo substituído pelo método de repetições máximas (RM) (PRESTES et al, 2010).
5-Duração dos Intervalos de Descanso
A duração dos intervalos de descanso entre as séries e exercícios, influencia as respostas hormonais, metabólicas e cardiorespiratórias a uma sessão de treinamento resistido (American College of Sports Medicine, 2009).
Para Simão e Fleck, (2008), os períodos de intervalos podem ser divididos em curtos (1 minuto ou menos), médios (2 a 3 minutos) e longos (mais de 3 ou 4 minutos). Quando o treinamento de força for direcionado para hipertrofia muscular, períodos de 1 a 2 minutos devem ser preconizados. Caso a resistência muscular localizada seja o objetivo primordial, intervalos menores que 90 segundos devem ser utilizados (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS E MEDICINE, 2009). Ainda se o desenvolvimento da força for o objetivo intervalos mais longos com mais de 3 minutos devem ser utilizados (PRESTES et al 2010).
6-Velocidade de Execução
Segundo Kraemer & Fleck, (2004), as implicações da curva de força-velocidade demonstram que o treinamento em baixas velocidades e tensão mínima é efetivo para o treinamento da força e que o treinamento em altas velocidades é efetivo para o aperfeiçoamento a potência e da velocidade.
A velocidade de cada repetição deve ser rápida na fase concêntrica, no entanto a carga elevada torna a velocidade do movimento lenta, pois a velocidade é inversamente proporcional à resistência, já na fase negativa o movimento deve ser lento e concentrado (GUEDES, JR, 2003).
Para Prestes et al (2010) a velocidade de execução lenta em cada repetição tem uma duração superior a 4 segundos, a velocidade moderada tem uma duração entre 2 e 4 segundos, e a velocidade rápida uma duração inferior a 2 segundos para as fases concêntrica e excêntrica.
BONS TREINOS!!!
Mto bom, Fabio! Vc devia escrever uns artigos pra revistas da área e tal... já pensou nisso?
ResponderExcluirBjão!
Excelente! Estava sentindo falta dos seus textos! Beijos de sua fã!
ResponderExcluirOieee Ana, sim ja pensei e ja escrevi alguns, depois te passo o endereço...
ResponderExcluircontinue firme nos treinos!abs...
Obrigado pelo comentário Aline....
ResponderExcluirBeijos.
Oi Fabio, que ótimo seu post, muito be detalhado.
ResponderExcluiradorei seu blog, to seguindo, viu?
Vou vir xeretar sempre, rs...
Vem conhecer meu espaço:
www.treinoebeleza.blogspot.com
Beijos