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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

TREINAMENTO FUNCIONAL UMA BREVE HISTÓRIA DO ABSURDO

   O treinamento funcional se refere a utilização de exercícios que simulam as atividades específicas que aparecem nos esportes ou nas atividades de rotina, mas também pode referir-se a exercícios que ajudam a corrigir ou evitar os desequilíbrios estruturais que ocorrem a partir da pratica de um esporte específico, pois a maioria dos esportes tendem a se especializar em determinados grupos musculares. Embora o termo treinamento funcional seja relativamente novo, o conceito não é.
   Durante muitas décadas, cientistas do esporte e treinadores russos examinaram em detalhe o conceito de treinamento funcional em muitos livros. Duas das fontes mais amplamente referenciadas são o russo Dr. Yuri Verkhoshansky, que conduziu a pesquisa extensiva em pliometria, e o Dr. Anatoliy Bondarchuk, um dos treinadores de força mais bem sucedidos. Provavelmente o termo que mais se assemelha treinamento funcional é o termo preparação de força especial.
   Ao desenvolver o planejamento de longo prazo para a carreira de um atleta, o treinamento inicial incidirá sobre a resistência geral e, posteriormente, a formação incidirá sobre a força específica. Além disso, como um atleta move para níveis mais elevados de classificação dos esportes, o treinamento de força geral deve ser realizado menos, pois poderia interferir com o desenvolvimento da força especial.
Inventar nomes para os conceitos de treinamento já estabelecidos é uma coisa, porém muitos treinadores do funcional nos querem fazer crer que a única maneira de alcançar os mais altos níveis de condicionamento é com o uso das superfícies instáveis, tais como placas de oscilação e bolas suíças.
   O treinador Michael Wahl em seu estudo selecionou 16 atletas competitivos que tinham jogado em nível universitário ou superior, na verdade este grupo incluiu um kickboxer campeão do mundo. Usando o eletromiograma (EMG) de testes para analisar a atividade elétrica dos músculos, Wahl descobriu que os padrões motores do cérebro expostas em realizar exercícios em superfícies instáveis eram exatamente as mesmas que as observadas em superfícies estáveis. Ele concluiu que, devido à natureza instável destes exercícios menores cargas poderiam ser utilizadas, assim foram considerados inferiores a partir de uma perspectiva de treinamento de força. E para isso eu acrescento: "Por que treinar o corpo para ser fraco?"

   


   Este é um texto escrito pelo reconhecido treinador de força Charles Poliquin. No texto pode se entender que o treinamento funcional não é uma novidade, alias há década atrás já se utilizava o treinamento de força especial que nada mais é do que o treinamento funcional, com uma mudança apenas no nome. Porém muitos treinadores querem nos fazer acreditar que o treinamento funcional, digo este realizado com plataformas instavéis e exercícios em suspensão, é o melhor treinamento que existe. Esses treinadores ainda não têm embasamento cientifico para afirmar esta hipótese.
A musculação é funcional !

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

TREINAMENTO DE FORÇA PARA CORREDORES DE MARATONA


   A economia de corrida pode ser quantificada como o consumo de oxigênio de uma determinada intensidade de exercício. A maior economia de corrida ou a eficiência de movimento pode resultar em um menor custo energético quando se está trabalhando em velocidades sub-máximas, permitindo assim ao corredor se mover mais rápido ao longo de uma determinado distância. Um método para melhorar a execução da economia é a aplicação de um programa de treinamento de força. No entanto, poucos dados existem comparando diferentes tipo de treinamento de força sobre a economia de corrida. Dezesseis corredores treinados foram divididos aleatoriamente em dois grupos, sendo um grupo realizando um treinamento de força rápida e um de força máxima. Cada intervenção foi realizada duas vezes por semana durante o período do estudo. Ambos os grupos realizaram exercícios que visavam a musculatura da perna, incluindo leg press, agachamento, cadeira extensora, flexão de joelho, panturrilha e tibial anterior. O grupo de treinamento de força rápida grupo realizou três séries de 12RM em cada exercício, os participantes foram instruídos a realizar a parcela concêntrica de cada repetição, o mais rápido possível. O grupo de treinamento de força máxima realizaram três séries de 6RM em cada exercício
   Quando comparadas as duas intervenções o protocolo de treinamento de força máxima foi a única intervenção em resultar em melhorias na economia de corrida. Além disso, o treinamento de força máxima resultou em um aumento maior na força de 1RM e um melhor desempenho do salto vertical quando comparado com o treinamento de força rápida. O achado mais importante deste estudo é que o treinamento de força máxima pode melhorar a economia de corrida. No entanto, este estudo deve ser visto com alguma cautela. O treinamento de força rápida realizado no estudo pode ser um tanto enganador na medida em que não contém o protocolo e a repetição característica tipicamente vista em um programa de treinamento força  que tem como alvo os movimentos explosivos (treinamento de potência).
   A literatura indica que um treinamento de força com um alto volume é normalmente recomendado para atletas de endurance. No entanto, os resultados da estudo parecem sugerir que a menor volume no treinamento de força com uma maior intensidade visando aumentar a força máxima parece resultar em mais melhorias na economia de corrida.