O diabetes foi descrito pela primeira vez a mais de dois mil anos, portanto é uma doença milenar que acompanha a humanidade até os dias de hoje. Krall et al, 1994 citam que a palavra diabetes quer dizer em grego sifão (um tubo que aspira água) e foi dada por um médico grego chamado Arataeus em aprox. 150 A.C. Segundo os autores na época ele assim descreveu o diabetes:
“O diabetes é uma doença pavorosa, não muito freqüente nos homens, em que as carnes, os braços e as pernas se derretem na urina. Os doentes nunca param de urinar e o fluxo é incessante como a abertura de aqueoduto. A vida é pequena, desagradável e dolorosa. A sede é insaciável e a ingestão de água, apesar de excessiva, é desproporcional a grande quantidade de urina eliminada. Esta doença é de caráter crônico. De progressão lenta, o enfermo não sobrevive por muito tempo quando a doença está totalmente instalada, devido ao marasmo que ela produz, e a morte é rápida.”
“O diabetes é uma doença pavorosa, não muito freqüente nos homens, em que as carnes, os braços e as pernas se derretem na urina. Os doentes nunca param de urinar e o fluxo é incessante como a abertura de aqueoduto. A vida é pequena, desagradável e dolorosa. A sede é insaciável e a ingestão de água, apesar de excessiva, é desproporcional a grande quantidade de urina eliminada. Esta doença é de caráter crônico. De progressão lenta, o enfermo não sobrevive por muito tempo quando a doença está totalmente instalada, devido ao marasmo que ela produz, e a morte é rápida.”
Em 1909 a substancia produzida pelas ilhotas de langerhans é consagrada, porém apenas em 1921 o hormônio é descoberto. Em 1950 a insulina começa a ser amplamente utilizada em pacientes com diabetes tipo I. Nas primeiras décadas do século passado também já se conhecia o efeito depressor do exercício sobre os níveos de glicose. (Balsamo e Simão)
Classificação:
A ausência de produção de insulina pelo pâncreas é designado diabetes tipo I.
A resistência dos tecidos periféricos (músculos esqueléticos) á captação da glicose estimulada pela insulina é designada diabetes tipo II.
A alteração na secreção e na ação da insulina pode acarretar em hiperglicemia crônica acompanhada de alteração no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas que por sua vez induzem a alterações tissulares, ou seja, em complicações crônicas nos vários tecidos do corpo (olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguineos). Em pacientes com diabetes tipo I pode ocorrer também a hipoglicemia, essa pode ocorrer em função do tipo de insulina administrado ou da dieta (p.ex. várias horas sem ingerir nutrientes principalmente carboidratos) concominante ao exercício que aumentará a utilização de glicose pelo músculo.
A resistência dos tecidos periféricos (músculos esqueléticos) á captação da glicose estimulada pela insulina é designada diabetes tipo II.
A alteração na secreção e na ação da insulina pode acarretar em hiperglicemia crônica acompanhada de alteração no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas que por sua vez induzem a alterações tissulares, ou seja, em complicações crônicas nos vários tecidos do corpo (olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguineos). Em pacientes com diabetes tipo I pode ocorrer também a hipoglicemia, essa pode ocorrer em função do tipo de insulina administrado ou da dieta (p.ex. várias horas sem ingerir nutrientes principalmente carboidratos) concominante ao exercício que aumentará a utilização de glicose pelo músculo.
Diabetes e exercício:
Agudamente, a atividade física tem a propriedade de aumentar a captação de glicose pelas células musculares, e o exercício sustentado induz aumento na sensibilidade à insulina. Assim como para a população normal, o exercício físico exerce efeitos favoráveis sobre fatores de risco cardiovascular comumente associados ao DM. Desse modo, atribui-se ao exercício benefícios hemodinâmicos e metabólicos decorrentes da melhora da resistência à insulina, também presente no DM1.
Kelley & Goodpaster em uma revisão de literatura analisaram 9 estudos entre (1986-1996) todos exercícios aeróbios entre 65 a 80% do VO2 máx com duração de 2,5 a 6 meses e encontraram: Melhora HbAC1(hemoglobina glicada é a união da hemoglobia com os açucares) (3 estudos), Melhora da glicemia (4 estudos), Melhora na sensibilidade à insulina (4 estudos), Melhora na secreção insulina (7 estudos).
Alguns outros estudos reportaram:
Melhora a sensibilidade à insulina no Tipo 1 e no Tipo 2 (Koivisto et al., 1986; Wallberg-Henriksoon, et al., 1992)
Melhora (Tipo II) ou não (Tipo I) o controle glicêmico (Wallberg-Henriksoon, et al., 1992; Zinman et a., 1984; Boulé et al., 2001; Raile et al., 1999)
Diminuição da reposição de insulina (Tipo I) (Zinman et a., 1984; Raile et al., 1999)
O treinamento físico pode melhorar o perfil lipídico (reduzir o colesterol total, LDL, triglicerídeos e aumentar o HDL. (Khawali et al., 2003; Torres-Tamayo et al., 1998;Lehmann et al., 1997; Ribeiro et al., 2008)
O exercício pode melhorar a função endotelial, ou seja aumenta a dilatação das artérias (aumento de 10%) no estudo de Fuchsjäger-Mayrl et al., 2002.
Agudamente, a atividade física tem a propriedade de aumentar a captação de glicose pelas células musculares, e o exercício sustentado induz aumento na sensibilidade à insulina. Assim como para a população normal, o exercício físico exerce efeitos favoráveis sobre fatores de risco cardiovascular comumente associados ao DM. Desse modo, atribui-se ao exercício benefícios hemodinâmicos e metabólicos decorrentes da melhora da resistência à insulina, também presente no DM1.
Kelley & Goodpaster em uma revisão de literatura analisaram 9 estudos entre (1986-1996) todos exercícios aeróbios entre 65 a 80% do VO2 máx com duração de 2,5 a 6 meses e encontraram: Melhora HbAC1(hemoglobina glicada é a união da hemoglobia com os açucares) (3 estudos), Melhora da glicemia (4 estudos), Melhora na sensibilidade à insulina (4 estudos), Melhora na secreção insulina (7 estudos).
Alguns outros estudos reportaram:
Melhora a sensibilidade à insulina no Tipo 1 e no Tipo 2 (Koivisto et al., 1986; Wallberg-Henriksoon, et al., 1992)
Melhora (Tipo II) ou não (Tipo I) o controle glicêmico (Wallberg-Henriksoon, et al., 1992; Zinman et a., 1984; Boulé et al., 2001; Raile et al., 1999)
Diminuição da reposição de insulina (Tipo I) (Zinman et a., 1984; Raile et al., 1999)
O treinamento físico pode melhorar o perfil lipídico (reduzir o colesterol total, LDL, triglicerídeos e aumentar o HDL. (Khawali et al., 2003; Torres-Tamayo et al., 1998;Lehmann et al., 1997; Ribeiro et al., 2008)
O exercício pode melhorar a função endotelial, ou seja aumenta a dilatação das artérias (aumento de 10%) no estudo de Fuchsjäger-Mayrl et al., 2002.
Diabéticos devem realizar um programa de exercício de pelo menos 3x por semana (melhor 5 x por semana ou mais)
-20 a 60 min exercícios aeróbicos (40-75% VO2máx.)(10 min de aquecimento + 10 min relaxamento)
-5 a 10 min baixo condicionamento (5-7 x semana) (atividades físicas leves)
-20 a 40min de musculação (2-3x/ semana; 8-10 exercícios; 12-15 repetições com 60 segundos de intervalo entre exercícios e séries ) – contra indicado quando tiverem presentes disfunções associadas. Exercícios com pesos resultam em benefícios para o DM Tipo 2 pela maior captação de glicose pelo músculo em função do aumento da massa magra e síntese de glicogênio. Exercícios com pesos combinados com exercícios aeróbicos e/ou com dietas para redução do peso corporal apresentam melhor efeito no controle glicêmico que ambos isolados
-Exercícios de flexibilidade (2-3 x/semana)
Parâmetros glicêmicos para início do exercício Glicemia (mg/dL) Conduta
Até 80 - Não realizar exercício
80 – 100* - Ingerir carboidrato; medir novamente a glicemia
100* – 250 - Realizar exercício
Acima de 250, com cetonúria, ou acima de 300** Não realizar exercício
Cuidados para a prática segura de exercício na presença de complicações crônicas do diabetes diabéticos com retinopatia devem evitar exercícios intensos, que elevem demasiadamente a pressão arterial sistólica ou exijam a realização de manobra de Valsalva; diabéticos com nefropatia devem evitar exercícios de alta intensidade, pois estes aumentam a proteinúria; diabéticos com neuropatia periférica devem usar palmilhas de silicone, meias de algodão, sem costura, examinar os pés após a sessão de exercício; em casos mais graves, devem priorizar exercícios que não exijam suporte do peso corporal como, por exemplo, nadar ou pedalar; diabéticos com neuropatia autonômica devem evitar a realização de exercícios que exijam mudanças bruscas de posição e em ambiente com temperaturas extremas.
Bons treinos!!!
-20 a 60 min exercícios aeróbicos (40-75% VO2máx.)(10 min de aquecimento + 10 min relaxamento)
-5 a 10 min baixo condicionamento (5-7 x semana) (atividades físicas leves)
-20 a 40min de musculação (2-3x/ semana; 8-10 exercícios; 12-15 repetições com 60 segundos de intervalo entre exercícios e séries ) – contra indicado quando tiverem presentes disfunções associadas. Exercícios com pesos resultam em benefícios para o DM Tipo 2 pela maior captação de glicose pelo músculo em função do aumento da massa magra e síntese de glicogênio. Exercícios com pesos combinados com exercícios aeróbicos e/ou com dietas para redução do peso corporal apresentam melhor efeito no controle glicêmico que ambos isolados
-Exercícios de flexibilidade (2-3 x/semana)
Parâmetros glicêmicos para início do exercício Glicemia (mg/dL) Conduta
Até 80 - Não realizar exercício
80 – 100* - Ingerir carboidrato; medir novamente a glicemia
100* – 250 - Realizar exercício
Acima de 250, com cetonúria, ou acima de 300** Não realizar exercício
Cuidados para a prática segura de exercício na presença de complicações crônicas do diabetes diabéticos com retinopatia devem evitar exercícios intensos, que elevem demasiadamente a pressão arterial sistólica ou exijam a realização de manobra de Valsalva; diabéticos com nefropatia devem evitar exercícios de alta intensidade, pois estes aumentam a proteinúria; diabéticos com neuropatia periférica devem usar palmilhas de silicone, meias de algodão, sem costura, examinar os pés após a sessão de exercício; em casos mais graves, devem priorizar exercícios que não exijam suporte do peso corporal como, por exemplo, nadar ou pedalar; diabéticos com neuropatia autonômica devem evitar a realização de exercícios que exijam mudanças bruscas de posição e em ambiente com temperaturas extremas.
Bons treinos!!!